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A Maravilhosa Sra Maisel: para onde vais, M?

Uma das séries-sensação dos últimos cinco anos escreve ao longo das próximas semanas a sua história final. «A Maravilhosa Sra Maisel» estreia amanhã, 14, a sua quinta e última temporada no Amazon Prime Video.

A Maravilhosa Sra Maisel

Longe vai o tempo em que «A Maravilhosa Sra Maisel» era a coqueluche da comédia no pequeno ecrã, mas, ainda que sem a glória de outros tempos, a série continua a justificar uma visita. Numa reta crucial da sua carreira, em que pode salvá-la ou condená-la ao derradeiro fim, Midge Maisel (Rachel Brosnahan, coroada com um Emmy na primeira temporada) tem de provar que ainda é capaz de fazer rir a audiência. No limbo entre a sua vida pessoal e profissional, a dona de casa que virou figura do stand up, nos anos 50, é obrigada a sair da sua zona de confronto e a vingar, uma vez mais, num mundo de homens.

Lenny Bruce (Luke Kirby) e Sylvio (Milo Ventimiglia) até podem dar o ar da sua graça logo no arranque, mas depressa percebemos que não é essa, pelo menos para já, a história que «A Maravilhosa Sra Maisel» quer contar. Midge Maisel é chamada ao centro para reagir: até onde será ela capaz de ir para lutar pelo seu lugar no mundo da comédia? De que forma vai evoluir a sua relação com Susie Myerson (Alex Borstein)? Será que todas as contas vão ser acertadas até ao fim?

A Maravilhosa Sra Maisel

Entre avanços e recuos, a série procura relevar-nos, de forma faseada, o modo como Maisel chega ao futuro, sublinhando algumas das provações por que passou. Uma delas serve de fio condutor à quinta temporada, ao integrar a equipa de escritores de Gordon Ford (Reid Scott). Numa sala repleta de homens, com alguns rostos bem familiares, como Eddie Kaye Thomas (American Pie) e Michael Cyril Creighton (Homicídios ao Domicílio e Dexter: New Blood), Maisel está totalmente fora da sua zona de conforto e vê-se tratada como uma amadora incapaz. No entanto, como bem sabemos, ela não é mulher para virar as costas à luta.

Nas storylines secundárias, voltam a estar em destaque os pais e ex-sogros da protagonista, bem como Joel Maisel (Michael Zegen) e, dando finalmente voz a duas figuras centrais da narrativa, também os filhos Esther e Ethan, cuja premissa vamos deixar em segredo. Mais uma vez, fica provado que o elenco secundário da série, que tantos prémios e alegrias deu à criadora Amy Sherman-Palladino, é a força motora que faz mover «A Maravilhosa Sra Maisel» para o sucesso.

A Maravilhosa Sra Maisel

Embora sem o sucesso de outras temporadas, «A Maravilhosa Sra Maisel» continua a fazer sentido e a retratar de forma magistral a década agora de 60. A dificuldade de Midge Maisel vencer por ser mulher, a par do que a sociedade espera dela e daquilo em que ela própria se vai transformando, é um quadro inquietante que promete fazer sentido, até ao último momento, da história que nos foi dada a conhecer. Para ver a partir de amanhã, 14.

Texto originalmente publicado aqui

 

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