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The Affair: o princípio do fim

A quinta e última temporada de «The Affair» tem estreia marcada para amanhã, domingo, às 21h15 no TV Séries. Artigo publicado na Metropolis.

The Affair

Depois de um final de temporada brutal, «The Affair» está de volta para fechar, de vez, as storylines ainda em aberto. Por um lado, encontramos Noah (Dominic West) e Helen (Maura Tierney) no rescaldo da morte de Vic (Omar Metwally); por outro, Anna Paquin (mais conhecida por ter interpretado Sookie em «True Blood» e Flora em «O Piano» (1993), que lhe valeu um Óscar) estreia-se na série como uma Joanie Lockhart adulta, ainda assombrada pela misteriosa morte da mãe.

As duas linhas temporais complementam-se de forma brilhante desde o início. A dor, embora se apresente de formas diferentes, está presente em todas as personagens.

Noah prepara-se para ter o seu livro adaptado a filme por Sasha Mann (Claes Bang), ao mesmo tempo que navega pelas suas relações com Janelle (Sanaa Lathan), Helen e os filhos. Sem perceber o seu lugar em qualquer um destes universos, Noah é agora ainda menos determinado do que antes. Depois de comandar os destinos à sua volta, revela-se desorientado e a falta de confiança vem à tona no discurso e linguagem corporal do protagonista. Na mesma linha, também Helen se mostra derrotada e, acima de tudo, revoltada por sair a perder novamente.

The Affair

Com as duas personagens no seu pior, surge Joanie (Anna Paquin), com uma carga bastante negativa. Embora faça parte de uma família aparentemente feliz, a personagem mostra-se desorientada e muito presa ao passado. Envolta em mistério, não tarda a revelar a causa da sua atitude: a mãe. Será ela a comandar a storyline da personagem, no futuro, o que a fará regressar ao local onde tudo aconteceu para perceber se a mãe realmente se suicidou ou se a história está mal contada. Como sabemos, trata-se da segunda opção.

Com dois dos protagonistas de fora, Cole (Joshua Jackson) e Alison (Ruth Wilson), a trama não se mostra mais enfraquecida. O argumento é pungente e constrói de forma sublime, como já nos habituou, a complexidade que compõe as relações amorosas e familiares. Bem como o seu lado mais negro.

 

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