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Six: de regresso para a despedida

A série focada na equipa SEAL Six começa a escrever o seu desfecho hoje à noite, pelas 22h10, no TVCine Action.

Six

É certo que a aposta em séries sobre equipas SEAL norte-americanas tem sido intensa na última década, ainda que as histórias de sucesso sejam escassas. «SEAL Team», emitida em Portugal pelo TVCine Action, é uma das raras exceções. Já «Six» acabou por encontrar o seu fim após duas temporadas curtas, mas com duas storylines genericamente bem desenvolvidas.

Depois de um final de temporada intenso, com Rip (Walton Goggins) a ser atingido a tiro e com o futuro incerto, «Six» começa a alta velocidade e com as emoções à flor da pele. Com a equipa a reencontrar-se na sequência da tragédia, com Bear (Barry Sloane) a assumir a liderança, entra em cena uma atriz querida pelo público, Olivia Munn. De certa forma, a sua personagem, uma agente da CIA, tenta fazer o contraditório à perspetiva masculina que reinou na T1, ao mesmo tempo que procura desafiar os estereótipos de género.

Six

Torna-se quase irónico dizer que um dos vetores narrativos de «Six», originalmente do canal History, não teve grande impacto na trama, mas revelou-se parte do segredo do êxito de «SEAL Team». Falamos do equilíbrio entre cenas de ação e a vida familiar dos envolvidos, que não é fácil e contribui muito para tornar as personagens mais complexas e incentivar o envolvimento da audiência.

Embora a realização e as cenas de ação sejam geralmente bem conseguidas, já os diálogos nem sempre conseguem acompanhar esta qualidade em «Six». Usados para potenciar o estado emotivo das personagens e revelar o seu lado humano, soam frequentemente a algo exagerado, mas sem conteúdo prático. Algumas conversas são, por isso, pouco credíveis e, ainda que procurem a empatia do espectador, perdem-se no seu processo de concretização.

 

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