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Star Wars: O Lote Estragado, à deriva na Galáxia

Tive acesso antecipado a «Star Wars: O Lote Estragado», a nova série de animação do universo galáctico. A estreia está marcada para hoje, considerado o “Dia Mundial de Star Wars”, no Disney+.

Star Wars: O Lote Estragado

Os míticos clones da Clone Force 99 têm finalmente o destaque que muitos fãs da saga ansiavam. Depois de «Star Wars: The Clone Wars», é a vez de a história continuar no spin-off «Star Wars: O Lote Estragado», que tem como protagonistas um grupo de clones que se distinguem por ter poderes, resultantes de mutações. A série de animação arranca com a Galáxia no caos, na sequência da infame Order 66, a ordem programada e dada aos clones após a vitória da República na Guerra dos Clones, que fez com estes se virassem contra os Jedi. O primeiro episódio chega ao streaming da Disney+ no Dia Mundial de Star Wars, com um especial de cerca de 70 minutos, contando com episódios semanais a partir de dia 7.

Com o Império a formar-se, o destaque vai parar ao misterioso, mas emblemático, grupo Clone Force 99, composto por Wrecker (a força bruta), Hunter (o líder do grupo, bastante sensitivo), Echo (parte androide), Tech (super inteligente e tecnológico) e Crosshair (visão aguçada). As vozes são todas da responsabilidade do incontornável Dee Bradley Baker.

Star Wars: O Lote Estragado

Após ajudar uma dupla Jedi, a Força Especial é apanhada de surpresa com a Ordem de ataque, uma vez que não são programados ou controlados da mesma forma que os outros clones. O facto de terem capacidade de escolha, como sabemos, faz toda a diferença no exército de clones, pelo que o quinteto parece condenado a ser uma oposição ao Lado Negro da Força… ou, pelo menos, a tentar.

Trata-se de um grupo de elite e resposta rápida, muitas vezes enviado para missões quase suicidas, que até teve direito a uma storyline no arranque da sétima temporada de «Star Wars: The Clone Wars». A natureza das suas personagens é meio caminho andado para agarrar o público, até porque integram a tipologia de anti-heróis, ou até mesmo heróis improváveis, que tanto tem agradado aos fãs de Star Wars. É quase como uma história “escrita nas estrelas”, onde, apesar de sabemos para onde nos guiam, a viagem acaba por valer sempre a pena.

Star Wars: O Lote Estragado

Além disso, o facto de a narrativa se posicionar no início do Império, ajuda a fechar algumas pontas soltas deste contexto pós-guerra, que resultou naquilo que, mais tarde, seria a génese da primeira trilogia Star Wars. Claro que o facto de estarmos perante uma história tão popular e abrangente como é Star Wars leva a que qualquer série tenha um sucesso anunciado, ainda que possa depois sofrer com as expetativas da audiência e da crítica. Naturalmente, esta situação cria duas possibilidades para «Star Wars: O Lote Estragado»: as personagens carismáticas da Clone Force 99 vão cativar os fãs, ou a expetativa criada em torno do grupo, e especialmente no início do Império, vai desapontar parte da fanbase. De qualquer forma, é uma vitória para os adeptos da saga, que voltam a receber um presente no catálogo do Disney+… e para a valorização da marca no contexto streaming.

Destaque ainda para a personagem estreante “Omega” (Michelle Ang), uma figura misteriosa que promete, também, atrair a atenção do público. Entre o cast, contam-se as participações especiais de Saw Gerrera (Andrew Kishino), Tarkin (Stephen Stanton) e Fennec Shand (Ming-Na Wen), que transita diretamente de «The Mandalorian».

 

Texto originalmente publicado aqui

 

 

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