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Game of Thrones: 7 interrogações de quem começa a ver na S7

Não, não sou uma alien acabadinha de chegar ao planeta Terra para umas férias relaxantes. Não, também não estive raptada numa cave nos últimos anos. Mas a verdade é que só cheguei a «Game of Thrones» nesta sétima season. E sim, gosto muito de ver séries (e não, não sou uma hater de dragões).

Guerra dos Tronos

Primeira pergunta que se impõe: Porquê?

Digo que é a primeira pergunta que se impõe porque sei do que a casa gasta. Perdi as vezes às conversas de «GoT» à minha volta e das tentativas de alguém dizer “tens de começar a ver” ou exprimir um mero “mas porque não vês?”. É um pouco difícil explicar o porquê. Tudo começa porque eu sou uma pessoa que adormece facilmente, sobretudo à frente de um ecrã. Não é necessariamente uma crítica ao filme ou à série (precisei de quatro tentativas para terminar aquele que é hoje um dos meus filmes preferidos), mas sim um modo de vida sonolento. Já estão a imaginar (e antevejo os olhares de choque): sim, eu adormeci a ver os primeiros episódios da season 1 de «GoT».

Guerra dos Tronos

Mas vá lá… não é o facto de adormecer que me faria desistir de ver uma série. Se fosse assim, nunca teria conseguido acompanhar nenhuma! A somar a isto, muito contribuiu o próprio fenómeno da série. Sendo a série mais “sacada” de todo o sempre, não chegava a segunda-feira que eu não soubesse de todos os pormenores escabrosos do que havia acontecido. Cabeças decepadas, casamentos escabrosos, ressuscitações, o que fosse. Qual a motivação, assim, para pegar na série?

Soma-se mais um pormenor: tive um convite para ver o primeiro episódio da season 6 no cinema. Pensei “é desta”. E lá fui, disposta a recuperar o tempo perdido. A meio, comecei a ter sintomas de uma intoxicação alimentar e tive de sair a correr… para uma espécie de trono? A mensagem do destino foi clara: ainda não era altura de começar a ver «GoT».

… E porquê agora?

Quis o destino (mais uma vez) que fosse dividir casa com alguém que adora «Game of Thrones». Alguém que, quase religiosamente, se senta no sofá à segunda-feira para assistir, com pompa e circunstância a estas odisseias de dragões, lutas de poder e zombies congelados*.

 

E adivinhem quem também gosta de abancar no sofá? Eu mesma, claro.

Game of Thrones

Tudo começou com um desinteresse generalizado enquanto começava o episódio. Depois, uma pergunta aqui e ali. Tornei-me a pessoa mais odiada que querem ter enquanto assistem a uma série ou um filme. Sim, essa mesmo. Aquela pessoa que pergunta, de cinco em cinco minutos: mas quem é este? E o que aconteceu a esta que gerou a situação atual? E qual a história daquele outro?

A minha colega de casa oscila, por isso, entre o enfado constante de ter de parar o episódio para responder às minhas mil e uma hesitações e o orgulho de ter sido aquela que, finalmente, me conseguiu pôr a ver «Game of Thrones». Muita gente tentou, mas só uma conseguiu. Um pouco, lá está, como alcançar o trono de ferro ou o lugar no dorso espinhoso de um dragão pançudo.

 

O que pensa alguém que começa a ver «GoT» na season 7?

I must be out of my goddamn mind. Basicamente é isto. Uma confusão de cuspir fogo! Sobretudo pela profusão de personagens e linhas narrativas, um território geográfico desconhecido e uma mão-cheia de pessoas que são relativamente parecidas umas com as outras (digam-me que não fui a única a não perceber quem era quem naquele “Snow Patrol”, durante a confusão de ursos, zombies congelados e neve). É um misto de familiaridade (afinal, eu acompanhei a série pelos spoilers de segunda-feira) com um “mas quem é este que aparece agora e que pelos vistos é super importante, mas eu nunca o tinha visto mais gordo?”. É um conhecer as teorias mais loucas sobre as personagens principais, mas não fazer ideia de quem são os buddies de cada um dos lados. É desgastante e enervante… mas que importa? Há sempre um dragão para salvar (ou estragar) o dia.

Posto isto, espero impacientemente pelo fim da temporada 7. E, talvez quando esta acabar, me dedique a uma longa maratona pelos confins passados de Westeros. Afinal, para quê ver uma série seguida da season 1 à 8, se se pode andar a fazer uma gincana da 7 para a 1 e depois para a 8?

Contudo, antes de passarmos ao desfecho que se aproxima (e descobrirmos o que raio se vai passar entre a Arya e a Sansa no meio de tanto #TeenageAngst), gostaria de partilhar 7 interrogações que me invadem o cérebro desde que embarquei nesta onda de gelo e fogo. Estão à vontade para responder – afinal, a minha colega de casa já não me pode ouvir.

Game of Thrones

 

7 interrogações de quem começa a ver «Game of Thrones» na season 7

1. O que raio é o Three-Eyed Raven e porque se assemelha tanto a uma bitchy resting face constante?

2. Porque é que há um gosto especial em criar personagens com nomes tão parecidos? É para confundir e não detetarmos plotholes na história? Ou há algures um livro de bolso à venda com todos os nomes de todos os reinos e estão a mungir a vaca do dinheiro?

3. De onde vêm as roupas dos zombies congelados? E o vestido impressionante da Daenerys para o Winter Ball com Jon Snow e sus muchachos? Foi o Varys que o desenhou e o Tyrion costurou? Gostava mesmo de saber o designer – o vestido era um espanto!

4. O pessoal que não é rei, nobre ou bastardo do rei não se cansa de tanta curva e contra-curva (que tal uma revolução francesa em Westeros, people?Rise up!)?

5. Qual a lógica do discurso da Dany de “eu sou diferente, sou uma pessoa fofinha e vou ajudar-vos a serem todos felizes” se depois os começa a cozinhar? Para esta humilde pessoa que acompanha a partir da season 7, ela parece-me bem mais assustadora do que a Cersei.

6. Como é que se monta um dragão, sem cair? A sério! É preciso uma sela? Há um truque qualquer? É preciso ter formação com o filme de animação «Como Treinares o teu Dragão?»?

7. Jon & Dany, winter love, we get it. Mas… 1) é preciso aqueles olhares todos pouco subtis à novela mexicana? 2) Então os dragões não eram os babies dela? E que a miúda está nem aí para o “pequenote” que morreu. Parecia-me bem mais concentrada em ver a peitaça do novo amigo felpudo (trocadilho cheio de piada com a cena dos tapetes IKEA, ‘tão a ver?).

Game of Thrones

* Sim, eu sei o que são White Walkers e wights – podem respirar fundo, tirar o ar indignado e voltar à leitura deste brilhante texto, com toda a tranquilidade!

 

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