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Doctor Who, por Diogo

Doctor Who

Olá, chamo-me Diogo e sou Whovian. Para quem não sabe o que acabei de dizer, permitam-me que vos leve numa viagem pelo espaço e pelo tempo ou, como quem diz, deixem-me falar-vos sobre a melhor série (ou pelo menos a mais antiga ainda no activo) de todos os tempos. Estou a falar, claro está, de Doctor Who. Com uma estreia que remonta tão longe quanto a 1963, Doctor Who começou por ser uma série didática, destinada a ensinar as crianças a História do nosso planeta, através de um alien mal-humorado que viajava pelo espaço e tempo numa cabine telefónica. Felizmente para todos os que assistem à série, tornou-se muito mais do que isso.

É uma tarefa ingrata tentar descrever aquilo que Doctor Who representa, não só para mim, mas para milhões de pessoas pelo Mundo inteiro. Explicando os básicos em primeiro lugar: O Doctor é um alien originário do planeta Gallifrey, um Time Lord, uma espécie pioneira no desenvolvimento da tecnologia de viajar no tempo, sendo que também são uma espécie que são sensíveis às linhas temporais, mas isso já são demasiados pormenores. A outra característica importante dos Time Lords e do nosso Doctor é a sua capacidade regenerativa, a capacidade de mudarem todas as células do seu corpo quando estão próximos da morte e tornarem-se pessoas totalmente diferentes, com personalidades diferentes, mas com as memórias intactas.

É este um dos grandes motivos pelos quais Doctor Who segue firme e hirto passados mais de 50 anos, a capacidade de ter o personagem principal desempenhado por vários actores (e agora actrizes também) sem se perder a essência da série, algo que é impensável em todas as outras. Então, perguntam vocês, o que é que este alien faz mesmo? Posto de maneira simples, não faz mais do que andar por todo o tempo e espaço, com os seus companheiros que vai tendo ao longo do tempo, sendo que a sua actividade favorita é salvar a Terra da sua destruição iminente. É um tipo bastante simpático, se pensarmos bem nisso, ninguém lhe pede para salvar o nosso aglomerado de idiotas.

Por estar constantemente a salvar o nosso planeta e não só, também os vilões fazem de Doctor Who uma série fora do normal. Alguém tão velho (mais de 2000 anos de idade) foi ganhando inimigos para dar e vender, sendo que uns são mais icónicos que outros. Os sempre presentes Daleks, uma espécie de saleiros com um desentupidor de canos e uma espécie de vara de bater claras, são o inimigo mais clássico do Doctor e presença garantida em todas as temporadas. O Master (ou Missy) é o seu arqui-inimigo/melhor amigo, outro Time Lord que decidiu ser não tão amigável quanto o nosso protagonista, temos os Cybermen com a sua mania em fazer uma extreme makeover a todos os humanos, temos Silurianos, Oods, Sontarans, Ice Warriors, Weeping Angels e tantos outros com nomes ainda mais engraçados.

Apesar de estar no ar desde 1963, a série já experimentou um período de hiatos enorme, desde 1989 a 2005, com um filme pelo meio. Com o reboot lançado por Russell T. Davies e Christopher Eccleston a ser a 9ª encarnação do Doctor, a série entrou numa nova era, com um início tremido mas que se tornou outra vez uma das, se não a série mais bem-sucedida do Reino Unido da actualidade. Esse sucesso todo foi ainda mais catapultado por Steven Moffat, agora de saída, o showrunner que elevou Doctor Who a um nível nunca antes visto. Histórias mais complexas e adultas, sem nunca perder a essência da série. Claro que uma das características dele é escrever argumentos com alguns plot-holes, mas de maneira alguma isso diminuiu a qualidade dos episódios.

Passados 50 anos, Doctor Who não pára de se reinventar nem de estabelecer novos paradigmas. Um papel que foi sempre feito por actores ganha agora, na pele de Jodie Whittaker, a sua primeira reencarnação feminina. Foi preciso chegarmos às 14 para finalmente termos o nosso Time Lord a ser transformado numa Time Lady, algo que me deixa à espera da nova temporada (a 11ª) com uma antecipação extra àquela que sempre sinto quando recomeça a minha série favorita.

Espero que tenha suscitado a vossa curiosidade em experimentar esta série magnífica e garanto-vos que mal comecem, vão-se perder nas aventuras do Doctor juntamente com a Rose, a Clara, o Rory e a Amy, a River, entre tantos outros que se deixam levar pelas suas excentricidades assim como qualquer um de nós se deixaria e num instante vão conseguir pronunciar Raxacoricofallapatorius sem torcerem a língua.

 

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