Categories: AMCREVIEWSTELEVISÃO

Mayfair Witches: o poder (mortal) da mente

Depois da aposta em «Interview With the Vampire», o AMC Portugal volta a estrear uma série que tem por inspiração a obra de Anne Rice: «Mayfair Witches».

Nem só de vampiros vive a obra de Anne Rice, que ainda hoje é uma figura marcante para os fãs da literatura de terror. Em «Mayfair Witches», a autora contou a história de uma família de bruxas, perseguida ao longo de gerações por um espírito misterioso, conhecido como Lasher. É este o ponto de partida para a mais recente aposta do canal AMC, que estreou no final de maio.

Rowan (Alexandra Daddario), uma neurocirurgiã brilhante, mas com temperamento instável, não vive a melhor fase da sua vida. Num ambiente de trabalho machista, e com a mãe adotiva às portas da morte, a jovem tenta fazer o impossível e, em desespero, procura integrar a mãe num estudo muito reservado. Quando o chefe não se mostra recetivo ao seu pedido, Rowan imagina um derrame e, como que por magia, o homem cai inanimado no chão. Aquilo que parece uma paranoia sem sentido, depressa se repete, deixando a médica cada vez mais assustada.


Em paralelo, a audiência conhece a misteriosa família Mayfair, noutro ponto dos Estados Unidos. Deirdre (Annabeth Gish), num estado quase catatónico, desperta a curiosidade de um novo clínico, que estranha os fortes cuidados a que a mulher está sujeita. Mas esta viagem faz-se também no tempo, com regressos ao passado para perceber melhor o que aconteceu com Deirdre, e que consequências isso teve na narrativa.

Com um argumento heterogéneo, do drama à comédia, passando pelo terror (não muito pesado), «Mayfair Witches» tem a capacidade de surpreender o espectador, desvendando progressivamente os mistérios por detrás dos Mayfair. Afinal, quem é a verdadeira família de Rowan? Que segredos escondem? Porque motivo afastaram a jovem da progenitora? E quem é o temível Lasher, que não larga estas mulheres?

São vários os núcleos envolvidos no enredo da série, que tem como showrunner Esta Spalding («Masters of Sex»), mas o seu encontro não tarda. E é desse choque de realidades que nascem as principais storylines da nova série do AMC. Uma adaptação interessante, que cumpre o que promete: tensão e drama.

Texto originalmente publicado aqui

 

Sara Quelhas

Recent Posts

Especial The Morning Show

Na linha da frente da informação, «The Morning Show» expõe a luta feroz entre quem…

1 mês ago

Call My Agent Berlin: agentes no fio da navalha

Agentes em modo bombeiro: a cada cliente salvo, um novo incêndio começa. «Call My Agent…

1 mês ago

Task: quando os subúrbios viram campos de guerra

Nos subúrbios de Filadélfia, a nova série da HBO Max expõe como o crime e…

1 mês ago

Black Rabbit: o “coelho” que conduz ao abismo

Em «Black Rabbit», da Netflix, Jude Law e Jason Bateman lideram um thriller de fraternidade…

1 mês ago

Ataque ao Comboio Noturno: um thriller sobre carris

O canal TVCine Emotion estreou, no passado dia 10, «Ataque ao Comboio Noturno». A série…

1 mês ago

Porque desistimos de séries, mas ainda vemos Anatomia de Grey?

Desistir de uma série televisiva é uma decisão muito importante, ainda que muitos não o…

1 mês ago