Bridgerton: para onde vais, Lady Whistledown?

Penelope Featherington e Colin Bridgerton, um dos casais favoritos dos fãs da grande aposta da Netflix, são os protagonistas da terceira temporada de «Bridgerton». Será que os novos episódios estão à altura das expetativas?

É muito difícil escapar ao fenómeno «Bridgerton»: seja porque vemos a série, seja porque pessoas próximas veem a série e acabam a falar da mesma (deixando os mais “distraídos” à margem desse entusiasmo). A grande aposta da Shondaland no streaming da Netflix é um caso sério de sucesso e, em mais uma incursão, volta a mostrar ao que vem e mantém a sua identidade – tanto ao nível de argumento como de cenas íntimas ousadas.

Penelope (Nicola Coughlan, Derry Girls) sempre esteve apaixonada por Colin Bridgerton (Luke Newton), mas o jovem parecia ignorar o encanto da amiga. Numa altura em que está de costas voltadas com Eloise (Claudia Jessie), Penelope apoia-se ainda mais em Colin, regressado das suas infindáveis viagens, e a amizade sofre um volte-face inesperado. O romance, que já tinha muito hype antes de acontecer, tem invadido as redes sociais e o facto de a Netflix ter dividido a série em duas partes, pela primeira vez nesta série, tem funcionado muito bem para o marketing da aposta.


Pouco mais há a dizer sobre «Bridgerton». Quem gosta da trama já gostou desde início, criando uma relação com as demais personagens, que vão mudando o seu protagonismo de temporada para temporada. O drama é muito bem construído, sendo intensificado pelos desabafos da Lady Whistledown, que vai mantendo a alta-sociedade em alerta e a rainha (Golda Rosheuvel) fora de si. A monarca é, aliás, uma das melhores personagens de toda a série.

Quanto ao sucesso, os números falam por si: a terceira temporada de «Bridgerton» atingiu os 11,6 milhões de visualizações na sua segunda semana (após lançamento) e, à data, acumulava 82 milhões de visualizações (segundo a Variety). Será uma questão de tempo até ultrapassar os números das duas primeiras temporadas (a primeira teve 113,300 milhões).

A banda sonora também merece um destaque especial, com a reinvenção de músicas atuais com novas roupagens.

 

Texto originalmente publicado aqui

 

Sara Quelhas

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