Outmatched: em terra de génios, quem sofre são os pais

A premissa de «Outmatched» é o pesadelo da parentalidade: três filhos génios em casa e contas altíssimas para pagar em colégios de topo. Saiba o que esperar da aposta do Disney+, que chega amanhã a Portugal.

A sorte de «Outmatched» pode ter durado pouco além-fronteiras, com a Fox a cancelar a série após somente uma temporada, mas a trama procura alguma redenção em terras lusas. Assim como na sua anterior criação, «LA to Vegas», Lon Zimmet parece não encontrar a fórmula certa do riso no pequeno ecrã. Em todo o caso, «Outmatched» é uma boa sugestão para fãs de comédias familiares, ou simplesmente pais desesperados. Até porque o duo Mike (Jason Biggs) e Kay (Maggie Lawson) ensina a lidar (ou não lidar) com os problemas básicos da educação, da promoção de bons hábitos sociais à famigerada “conversa” sobre o início da vida sexual.

Com um teste de QI, Marc (Jack Stanton) é o mais recente prodígio na casa dos Bennett, depois de Nicole (Ashley Boettcher) e Brian (Connor Kalopsis). Só escapa Leila (Oakley Bull), cuja aparente “normalidade” acaba por ser a felicidade dos pais e até dos avós. O facto de encontrarmos três génios sob o mesmo teto desperta automaticamente um conjunto de situações engraçadas, como a tentativa de saberem de qual deles é o mais inteligente ou a disputa/competição pelas coisas mais inusitadas.

Nota para o reencontro especial de Jason Biggs com os parceiros da saga «American Pie», Alyson Hannigan e Eddie Kaye Thomas.

As dificuldades de comunicação entre famílias são mais comuns do que se possa pensar, sendo que é ao puxar pelo exagero que «Outmatched» procura assentar arraiais. Sem revelações bombásticas ou storylines inesperadas, a série faz o seu caminho sem grandes “curvas” ou manobras impactantes, entregando ao espectador aquilo que promete desde o início. Uma comédia caseira que tem como fio condutor o pânico de dois pais que não fazem ideia do que está a acontecer. Trata-se de uma série sem grandes surpresas, mas de risada fácil.

 

Texto originalmente publicado aqui

 

 

Sara Quelhas

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