THE RESIDENT: L-R: Matt Czuchry and Bruce Greenwood in THE RESIDENT premiering Sunday, Jan. 21 (10:00-11:00 PM ET/7:00-8:00 PM PT), following the NFC CHAMPIONSHIP GAME, and making its time period premiere on Monday, Jan. 22 (9:00-10:00 PM ET/PT). on FOX. ©2017 Fox Broadcasting Co. Cr: Guy D'Alema/FOX
Não é carne, mas também não é peixe. Não é drama puro, mas a parte cómica deixa muito a desejar. Enquanto «The Resident» procura a sua identidade, fingindo que não quer ser «Anatomia de Grey» quando for grande, define com contornos firmes o herói, o anti-herói e o vilão. Não tarda, o hospital transforma-se em Gotham e o protagonista é, afinal, o Batman. Bem, quem não quer ser atendida naquele hospital sou eu!
O que seria de uma nova temporada de pilotos sem os incontáveis dramas médicos, mais preocupados em atrair o público de «Anatomia de Grey» do que em tentar coisas novas? “Se as pessoas já veem uma, pode ser que vejam duas”. O público-alvo já está definido, com jeitinho ainda tem tempo na agenda, e não é preciso inventar muito. É certo que as pessoas se deixam enganar mais do que uma vez – abraço para os meus amigos que não conseguem parar de ver «Anatomia de Grey» –, mas, atendendo à quantidade de produtores que já tentaram repetir a receita de Shonda Rhimes, provavelmente as quotas já estão todas gastas.
«The Resident» não traz nada de novo – e as coisas começam mal logo no arranque. Basicamente como um primeiro encontro em que, passados cinco minutos, já percebemos que não vai dar em nada, mas ficamos até ao fim porque vamos ter de jantar de qualquer maneira, certo? Com uma banda sonora que pinta a série como um drama pop, imita-se uma operação e cria-se o principal conflito: Randolph Bell (Bruce Greenwood), o chefe de Cirurgia, é um clínico duvidoso e, ficamos a saber, o culpado de muitas mortes ocorridas ali. Só que, como claramente não quer ser uma série demasiado… séria, «The Resident» antecipa a catástrofe com alguma piada. Estão os envolvidos a discutir e eu ainda estou a pensar se os médicos pegam no telemóvel a meio das operações.
Devon Pravesh (Manish Dayal) é um médico idealista, recém-saído da Universidade de Harvard, que fica sobre a alçada do irreverente Conrad Hawkins (Matt Czuchry). Tudo aquilo que Devon estudou é desafiado pelo seu supervisor, cuja ousadia e audácia tem resultados e é defendida a pés juntos por Nic Nevin (Emily VanCamp). É triste ver uma atriz, que fez carreira com a protagonista fortíssima da série «Revenge», ser agora reduzida a interesse romântico – primeiro nos filmes da Marvel e do Capitão América, e depois no seu regresso ao pequeno ecrã, em «The Resident». Mas a inércia das personagens femininas da série é um problema abrangente, o que é ainda mais preocupante se tivermos em conta que há duas mulheres no trio de criadores.
Embora tenha boa nota na diversidade – algo evidentemente procurado pelos produtores da série com Devon e a Dra. Okafor (Shaunette Renée Wilson) –, o mesmo não acontece em termos de personagens femininas fortes, que são constantemente remetidas para segundo plano, a fim de fortalecerem a ação das personagens masculinas. O core da narrativa é a luta entre Conrad e Bell, que consiste sobretudo na incapacidade de culpabilizar o chefe clínico e de aceitar os métodos arriscados de Conrad. O resto, com mais ou menos atenção, são reduzidos a figurantes do drama principal.
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