The Equalizer: reboot não é tiro no escuro

Numa altura marcada pela nostalgia, com a adaptação de velhos conhecidos do pequeno e grande ecrã, «The Equalizer» convenceu as massas nos Estados Unidos. Terá o mesmo impacto em Portugal? A estreia acontece hoje, às 22h10, no TVCine Action.

THE EQUALIZER — “Pilot” Episode 101 — Pictured: Queen Latifah as Robyn McCall — (Photo by: Barbara Nitke/CBS/Universal Television)

«The Equalizer» teve uma estreia de sonho nos Estados Unidos: ocupou a slot a seguir à popularíssima Super Bowl e conseguiu uma boa franja da audiência. Reboot de uma série dos anos 80, que teve sequência em dois filmes protagonizados por Denzel Washington, «The Equalizer» queria tentar agarrar os fãs deste universo e novos públicos, algo que parece ter cumprido no país de origem. Com uma segunda temporada já assegurada, a série encabeçada por Queen Latifah chega a Portugal no seu auge.

A ex-CIA Robyn McCall (Queen Latifah) não atravessa a melhor fase da carreira, desiludida com as forças de segurança e o sentido de justiça. No desemprego e à procura de rumo, Robyn tem ainda de lidar com a rebeldia da filha adolescente Delilah (Laya DeLeon Hayes); contando com a ajuda de Viola (Lorraine Toussaint). Nesta fase de transição da sua vida, a operacional depara-se com o caso de injustiça de Jewel (Lorna Courtney), pelo que é automaticamente instigada a ajudá-la. É então que encontra um novo sentido de missão: ajudar aqueles que mais precisam, mas que raramente têm acesso a esse apoio.

THE EQUALIZER — “Pilot” Episode 101 — Pictured: Tory Kittles as Detective Marcus Dante — (Photo by: Michael Greenberg/CBS/Universal Television)

Para isso conta com um elenco, perdão, equipa de peso: William (Chris Noth), Harry (Adam Goldberg), Mel (Liza Lapira) e o detetive Marcus Dante (Tory Kittles) envolvem-se com Robyn nessa jornada e tentam levar, mais ou menos diretamente, as suas jornadas a bom porto. A narrativa é balanceada por cenas de ação competentes, que mantêm o ritmo a um bom nível e aliam em boa medida a história e a diversão. Sem ser particularmente inovadora, «The Equalizer» acaba por criar uma trama interessante e capaz de despertar (e manter) a atenção da audiência.

Mas isto não é sorte de principiante, muito pelo contrário. A série é uma criação do casal Andrew W. Marlowe e Terri Edda Miller, mais conhecido por «Castle», que teve um bom sucesso a nível internacional (e ainda hoje é emitida em loop); e surge depois de «Take Two», menos bem-sucedida – porventura por ser demasiado “colado” ao êxito anterior.

 

Texto originalmente publicado aqui

 

Sara Quelhas

Recent Posts

The Four Seasons: as estações da vida entre amigos

A Netflix tem uma nova aposta repleta de estrelas: «The Four Seasons». Quando uma decisão…

2 meses ago

Daqui Houve Resistência: do Norte soprou a liberdade

Tive acesso antecipado aos três primeiros episódios de «Daqui Houve Resistência», da RTP1. A série…

2 meses ago

Black Mirror: o futuro é agora – e continua desconfortável

Se o futuro tivesse um espelho, o reflexo seria mais sombrio do que esperamos… Como…

2 meses ago

Especial The Last of Us

Na Metropolis número 117, escrevo sobre a série do momento: «The Last of Us». Na…

2 meses ago

The Handmaid’s Tale: o que a distopia ainda tem para dizer

A sexta e última temporada de «The Handmaid’s Tale», com emissão em Portugal no TVCine,…

2 meses ago

Your Friends & Neighbors: roubo de aparências

Quando a carreira de Andrew Cooper desmorona, ele faz o que qualquer ex-magnata sensato faria:…

2 meses ago