Estreia esta sexta-feira, 10, a sexta e última (?) temporada de «The Expanse», no Amazon Prime Video. Num Universo à beira do abismo, quem levará a melhor – a Rocinante ou a Free Navy de Marco Inaros?
Depois de cinco temporadas genericamente sólidas e com um bom desenvolvimento do seu núcleo central, «The Expanse» lançou na season finale anterior as cartas para o confronto mais épico da história da série, que nasceu originalmente nos livros de James S. A. Corey (Daniel Abraham e Ty Franck). Com Marco Inaros (Keon Alexander) determinado com a sua Free Navy a ser a força predominante no Universo, Chrisjen Avasarala (Shohreh Aghdashloo) é a voz de comando mais clara numa Terra à deriva. Já Jim Holden (Steven Strait) tenta manter a equipa unida, apesar das diferenças notórias entre os seus elementos, para travar Marco e a sua trupe.
Quem também tem uma palavra a dizer na última temporada é Filip (Jasai Chase Owens), o filho de Marco e Naomi (Dominique Tipper), progressivamente mais instável. Esta é a personagem mais imprevisível dentro da Free Navy, um pouco à imagem de Amos (Wes Chatham), que já provou não ter atitudes ditas de “herói” ou personagem “boazinha”. Os dois são as wild cards que podem virar o jogo de «The Expanse», ao mesmo que Naomi assume igualmente um papel complexo, não sendo totalmente claro para que lado poderá eventualmente parar.
A qualidade narrativa e coerente de «The Expanse» está lá; uma mais-valia clara da contribuição dos criadores originais Daniel Abraham e Ty Franck para o argumento. A dupla, a par do showrunner Naren Shankar, não hesitou em alterar a influência das suas personagens (veja-se o caso da entrada de Avasarala na primeira temporada, apesar de ausente no primeiro livro da saga). Este tipo de decisões enriquece a história na tela e fortalece também o seu lado político e social, que chega à sexta temporada bastante estruturado e alicerçado no fio condutor de «The Expanse».
Ainda não é certo que este seja o fim de «The Expanse», uma vez que os principais responsáveis criativos não afastam a continuação da aventura no pequeno ecrã – os livros têm continuação, ainda que com um avanço temporal –, mas a season não deixa de ser uma das mais relevantes até à data. Com a qualidade e solidez a que a série nos habituou, «The Expanse» deixa no ar alguma esperança inicial, mas promete uma grande variedade de emoções.
Texto originalmente publicado aqui
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