O Poder: tudo começa com uma faísca

Na nova série da Amazon Prime Video, a luta dos sexos está mais elétrica do que nunca. As adolescentes estão a desenvolver, de forma misteriosa, um novo órgão que lhes dá o poder da eletricidade, em «O Poder».

Um pouco por todo o mundo, as jovens adolescentes estão a desenvolver uma estranha capacidade, tendo a capacidade de eletrocutar, por exemplo, um atacante. «O Poder» é uma pujante e criativa análise social, que tem em Toni Collette o seu nome mais sonante, como Margot Cleary-Lopez, a Presidente da Câmara de Seattle. A história tem por base o livro com o mesmo nome, da autoria de Naomi Alderman. Na equipa de desenvolvimento encontramos também Raelle Tucker, mais conhecida por «Sangue Fresco» e «Jessica Jones», e Sarah Quintrell, mais conhecida como atriz.

Num estilo pop e cheia de estilo, a série «O Poder» retrata o bizarro, com a eletricidade como arma (e já sabemos que “com grande poder vem grande responsabilidade”), mas também algo tão comum como a revolta própria da adolescência, a procura de um sentido para a vida e os problemas com os pais. Uma interpretação quase coreografa, com as personagens principais a concentrarem a sua mensagem e a sua reação sob a forma de eletricidade. Pode dizer-se que é uma história quase poética.

Por sua vez, o elenco sólido e consistente é o principal alicerce da narrativa, que depende das interações e da construção da complexidade para atrair a atenção da audiência. Além de Toni Collette, a série conta também, no elenco, com John Leguizamo, Auli’i Cravalho, Eddie Marsan, Josh Charles, Halle Bush, Toheeb Jimoh e Ria Zmitrowicz, entre outros.

Do lado político da questão ao controlo deste poder, o núcleo central enfrenta um leque abrangente de desafios, onde a conspiração, em ebulição, promete não ser tão simples como parece. Já estão disponíveis os três primeiros episódios na Amazon Prime Video.

 

Texto originalmente publicado aqui

 

Sara Quelhas

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